Hoje pela manhã a Comissão de Metalúrgicas do nosso Sindicato iniciou uma campanha contra o feminicídio. A primeira assembleia ocorreu na Revoluz, em Diadema, local onde trabalhava uma companheira que, infelizmente, foi brutalmente assassinada pelo ex-marido. Nossa luta é pela conscientização dos trabalhadores e de toda sociedade em relação à violência contra a mulher, para que crimes como este não voltem a acontecer.
Vídeo:
https://www.facebook.com/WagnerSantanaSMABC/videos/124398391557368/
terça-feira, 10 de outubro de 2017
terça-feira, 4 de julho de 2017
Metalúrgicas do ABC lotam auditório para debater saúde
Evento na Regional Diadema comemorou o Dia Internacional da Mulher
Escrito por: vanessa • Publicado em: 11/03/2013cebook Twitter Google Plus
Mais de 500 metalúrgicas e metalúrgicos do ABC lotaram o auditório da Regional Diadema nesta sexta (8) para falar sobre a saúde da mulher, em encontro promovido pela Comissão das Metalúrgicas do ABC no Dia Internacional da Mulher.
Durante a abertura, o presidente do Sindicato, Rafael Marques, destacou a ampliação da presença feminina nas disputas eleitorais e à frente das políticas de inclusão.
??As mulheres têm mais compromisso com a família e é por isso que são titulares de programas como o Bolsa Família, de transferência de renda ou o Minha Casa, Minha Vida, de habitação?, disse. ??As mulheres gostam de boas roupas e sapatos, mas gostam mais de respeito?, concluiu.
Assédio
Na questão da saúde, a psicóloga Eliana Pintor, do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador de São Bernardo, o Cerest, elencou uma série de questões que levam a mulher ao sofrimento no trabalho, como os assédios moral e sexual.
Na questão da saúde, a psicóloga Eliana Pintor, do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador de São Bernardo, o Cerest, elencou uma série de questões que levam a mulher ao sofrimento no trabalho, como os assédios moral e sexual.
??A vida profissional está povoada pelos assédios moral e sexual, desde o controle de idas ao banheiro até a proibição de grávidas se sentaram durante a jornada de trabalho?, afirmou.
Segundo Eliana, as mulheres, de uma maneira geral, vivem em conflito entre a família e o trabalho. ??Cansamos de ouvir depoimentos no Cerest de mulheres que lavaram roupas até às 2 horas da manhã e foram para a fábrica às 5h?, relatou.
Para a psicóloga, as mulheres precisam se libertar das ditaduras da moda e da beleza, impostas pelo mercado, que buscam alimentar o consumo e nada tem a ver com a felicidade.
??Não podemos mais envelhecer. Essa postura é muito perigosa, por que as mulheres estão morrendo nas mesas de cirurgia de lipoaspiração?, alertou.
??Não podemos ser inimigas de nós mesmas. Ao invés de terminarmos o dia pensando no que deixamos de fazer, vamos lembrar o que fizemos?, finalizou Eliana.
Direito à saúde
A diretora do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria Municipal da Saúde de São Bernardo, Débora do Carmo, também convidada para o debate na Regional, lembrou as companheiras da importância da participação nos processos políticos como forma de garantir seus direitos à saúde. ??Não queremos ser iguais, queremos tratamentos iguais?, disse.
A diretora do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria Municipal da Saúde de São Bernardo, Débora do Carmo, também convidada para o debate na Regional, lembrou as companheiras da importância da participação nos processos políticos como forma de garantir seus direitos à saúde. ??Não queremos ser iguais, queremos tratamentos iguais?, disse.
A diretora chamou a atenção da companheirada para exigir um atendimento digno para cuidar da saúde, sem violência ou agressões.
??As mulheres têm o direito de saber tudo sobre os procedimentos médicos, durante os seus exames ginecológicos, por exemplo?, destacou. E completou, ??A mulher precisa autorizar qualquer procedimento em seu corpo?.
No encerramento do debate, a coordenadora da Comissão de Metalúrgicas do ABC, Ana Nice Martins de Carvalho, destacou a necessidade de a mulher ter equiparação salarial aos homens para conquistar os seus direitos.
??As mulheres estudam mais, se dedicam mais e, mesmo assim, ganham menos que os homens?, lembrou a dirigente.
??Precisamos garantir a igualdade de salários para que as mulheres possam ter autonomia financeira para conquistar mais qualidade para suas vidas?, disse Ana Nice.
Cartilha
A Comissão de Metalúrgicas do ABC lançaram durante o encontro uma cartilha com os direitos conquistados pelas trabalhadoras, que será distribuída nas fábricas da base.
A Comissão de Metalúrgicas do ABC lançaram durante o encontro uma cartilha com os direitos conquistados pelas trabalhadoras, que será distribuída nas fábricas da base.
Para terminar o encontro do Dia Internacional da Mulher, o presidente do Sindicato, Rafael Marques, e o diretor de Administração, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, assinaram uma carta-compromisso com a campanha do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, UNA-SE pelo fim da violência contra mulher.
Disponívem em: http://www.cutsp.org.br/noticias/metalurgicas-do-abc-lotam-auditorio-para-debater-saude-48dd/
domingo, 2 de julho de 2017
Metalúrgicos do ABC discutem indústria chinesa e empregos
29 de Junho de 2017 | Notícias
O presidente e o vice-presidente do Sindicato, Rafael Marques e Aroaldo Oliveira da Silva, estiveram no curso “China 2017-2020 – Impactos sobre salários e empregos no Brasil” na sexta-feira, dia 23, na Escola Dieese de Ciências do Trabalho, em São Paulo.
“A palestra reforçou que o Brasil não tem estratégias para aprofundar parcerias produtivas e de investimentos com a China, que poderiam proporcionar mais empregos e riquezas não somente no país asiático, mas entre todos os países emergentes, inclusive no nosso País”, explicou Rafael.
Também participaram do curso pelo Sindicato os diretores Nelsi Rodrigues, o Morcegão; o CSE na Volks, Wellington Messias Damasceno, e o representante do SUR na Ford, Leonardo Farabotti, o Léo.
“A China foi o país que mais apostou em sua industrialização, tanto que a participação no Produto Interno Bruto só tem crescido enquanto a nossa tem decrescido. Essa é uma preocupação”, afirmou. “Queremos criar uma relação capaz de convencer os chineses a trazer indústrias para o Brasil. Não só produzir lá”, prosseguiu.
Missão à China
Por iniciativa do Sindicato, Rafael e uma comitiva viajam à China no próximo dia 13 para debater temas como industrialização, inovação, tecnologia e soluções urbanas para a presença das indústrias nas áreas metropolitanas.
“Nossa ida é para entender o processo, ver as novas tendências e, no retorno, queremos criar um comitê de trabalho que envolva sindicatos, empresas e representantes de grupos da China para ter projetos sólidos para trazer investimentos ao Brasil”, disse.
A comitiva terá encontros sobre a indústria com o governo chinês e sindicatos, além de visitas a uma siderúrgica, ferramentaria e montadora. Também haverá reuniões com universidades, centros e parques tecnológicos em Pequim, Shangai, Shandong e Shenzhen.
No mandato do presidente do Sindicato à frente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, de 2013 a 2015, Rafael iniciou o trabalho de ter uma estratégia de internacionalização da região e, ao mesmo tempo, atrair investimentos chineses. Foram realizados cursos sobre demandas e possibilidades de negócios com a China, além da visita de uma comitiva chinesa da província de Shandong.
Da Redação
Disponível em: http://www.smabc.org.br/smabc/materia.asp?id_CON=40096&id_SEC=12
Igualdade salarial no ramo metalúrgico só acontecerá em 74 anos, revela Dieese
DIA DAS MULHERES
Quarta-feira, 08 de Março de 2017
Assessoria da CNM/CUT

A remuneração média mensal das mulheres é R$ 868,28 menor que a dos homens
É o que revela o estudo “A Inserção das Mulheres no Ramo Metalúrgico: uma década de avanços, desigualdades e lutas”, elaborado pela Subseção do Dieese da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM-CUT/SP).
Divulgado nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, o levantamento comparou os níveis de emprego e salário das trabalhadoras metalúrgicas em 2006 e 2015 (último ano com dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho).
De acordo com o estudo, embora tenha caído, a diferença salarial entre homens e mulheres da categoria ficou em 25,3% em 2015 (em 2006, era de 28,18%). Isso significa que, ao se levar em conta o salário médio mensal por gênero, as metalúrgicas trabalham 92 dias de graça ao ano (a remuneração média mensal delas é R$ 868,28 menor que a dos homens).
“O que acontece com as mulheres na nossa categoria mostra que o mercado de trabalho ainda é perverso e discrimina. Elas têm a mesma jornada nas fábricas que os homens, ganham menos e ainda trabalham mais em casa”, assinala Marli Melo, secretária de Mulheres da CNM/CUT.
Ela lembra que, no geral, as mulheres trabalham 5,4 horas a mais na semana que os homens, com os afazeres domésticos e o cuidado com a família. “Não bastasse essa realidade, agora o governo golpista quer aumentar a idade da aposentadoria das mulheres de 60 para 65 anos”, ressalta a sindicalista, referindo-se à reforma da Previdência enviada por Michel Temer ao Congresso.
Ainda sobre o impacto da reforma sobre as trabalhadoras, Marli lembra que as mulheres são as mais afetadas pelo desemprego (o que as afasta do mercado de trabalho e, portanto, de períodos de contribuição previdenciária) e também acabam recebendo proventos menores que os dos homens na aposentadoria. “Por isso, nossa luta contra essa reforma tem de crescer cada dia mais”, completa.
Presença feminina na categoria
O levantamento da Subseção do Dieese aponta que em dezembro 2015, dos 2.061.368 postos de trabalho no ramo, menos de um quinto eram de mulheres (387.725), segundo os dados apurados junto à Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho (MT). Em percentuais, as metalúrgicas ocupam 18,8% dos empregos no ramo. Em relação a 2006, houve crescimento de 3,3% da presença feminina no ramo.
Desemprego e rotatividade
O estudo revela ainda que o impacto da crise político-econômico é maior entre as trabalhadoras. Do total de desempregados no país em dezembro de 2015, as mulheres representavam 54,1%.
O Dieese avalia também o impacto da rotatividade de mão de obra sobre a remuneração de homens e mulheres na indústria metalúrgica. Prática comum do empresariado para rebaixar salários, em vários segmentos do ramo as mulheres são mais prejudicadas nesta situação. “Em relação aos segmentos, as maiores diferenças entre o salário dos admitidos estão no automotivo e eletroeletrônico: as mulheres entram ganhando em média 18,9% e 18,2%, respectivamente, a menos que os homens, lembrando que elas estão concentradas no segmento eletroeletrônico (32,41% delas estão nesse segmento)”, diz o estudo.
Nas demissões, o levantamento comprova a diferença salarial: “No caso, observa-se que mesmo tendo igual tempo de ‘casa’, as mulheres saem com salários inferiores ao dos homens. Ou seja, isso mostra que elas não conseguem atingir o mesmo salário que os homens, com o mesmo tempo de serviço. A diferença existe para qualquer faixa, chegando a 24,2% para trabalhadores e trabalhadoras com 3 a 5 anos de tempo de serviço”.
Subsídios
Para a secretária de Mulheres da Confederação, o estudo da Subseção do Dieese é um importante instrumento para a ação sindical da categoria metalúrgica. “Ele traz parâmetros concretos para nossa luta contra a desigualdade salarial e por oportunidades no mercado de trabalho. Traz também subsídios para a nossa luta contra a reforma da Previdência e por políticas públicas que de fato contribuam e estimulem a equidade de gênero no Brasil”, conclui Marli Melo.
O estudo completo “A Inserção das Mulheres no Ramo Metalúrgico: uma década de avanços, desigualdades e lutas” pode ser acessado aqui.
Disponível em: https://www.smetal.org.br/imprensa/igualdade-salarial-no-ramo-metalurgico-so-acontecera-em-74-anos-revela-dieese/20170308-114852-m574
Juventude Metalúrgica
24 de Maio de 2016 | Colunas | DIEESE
O último estudo da subseção do Dieese sobre a juventude – Metalúrgicos do ABC: perfil mais jovem, mas com grandes desafios – mostra que a juventude metalúrgica da nossa base, entendida como a parcela dos trabalhadores com até 35 anos de idade – definição da CUT –, detém atualmente quase metade dos postos de trabalho da categoria.
De acordo com a última RAIS divulgada pelo Ministério do Trabalho, na base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ao final de 2013, quase metade da categoria era formada por jovens (47,0%). Acima dos 35 anos os trabalhadores somavam 53,0%.
O estudo mostra que a juventude metalúrgica cresceu e está mais escolarizada. Em relação à formação escolar, dos trabalhadores que não concluíram o ensino médio, apenas 13,5% são jovens com até 35 anos. Acima desta faixa etária eles somam 26,6%.
Dos trabalhadores que terminaram o curso superior, 21,6% tem mais que 35 anos e 16,5% são jovens com até 35 anos. Na comparação dos gêneros, com nível superior as mulheres têm uma representação de 29,3%, contra 13,8% dos homens.
Ou seja, são significativas as transformações no mercado de trabalho e o papel da juventude nessas mudanças. Fortalecer a categoria como classe passa, necessariamente, por uma afinada compreensão/ participação dessa nova juventude de “meninas e meninos”.
Disponível em: http://www.smabc.org.br/smabc/blog.asp?id_CON=38844
Metalúrgicos do ABC recuperam 23% dos empregos perdidos nos anos 90
QUI, 10 DE ABR / 2008
Depois de perder quase a metade dos postos de trabalho, os metalúrgicos conseguiram recuperar 18.150 vagas no ABC entre os anos de 2003 e 2007. Hoje, ela passa de 95 mil metalúrgicos
Depois de perder quase a metade dos postos de trabalho, os metalúrgicos conseguiram recuperar 18.150 vagas no ABC entre os anos de 2003 e 2007. Hoje, ela passa de 95 mil metalúrgicos
O crescimento da economia fez com que a nossa categoria conseguisse recuperar 18.150 postos de trabalho entre os anos de 2003 e 2007.
Em dezembro do ano passado a base tinha 95.597 trabalhadores, enquanto que no início do governo Lula, em 2003, eram 77.427 metalúrgicos. Esses números se referem a atual base, composta pelas cidades de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Estudo da Subseção Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC mostra que a abertura destrambelhada da economia nacional, junto com a adoção das políticas neoliberais que marcaram a década passada, provocaram um rombo sem precedentes no nível de emprego na categoria.
Em 1989, ano que a globalização começa a ganhar forma no Brasil, eram 159.200 metalúrgicos empregados nas empresas das quatro cidades. O governo FHC entregou a categoria ao seu sucessor com 77.427 empregos, ou seja, menos da metade (50,5% menor), o nível mais baixo desde o início dos anos 60.
"Em 2003, os efeitos de todo o arranjo neoliberal que veio desde o governo Collor ainda eram sentidos no nível de emprego. O quadro só volta a mostrar recuperação no momento em que a economia começa a ganhar nova dinâmica, após o segundo semestre de 2003", compara a economista Zeíra Camargo, técnica da Subseção, responsável pelo levantamento.
12 meses - Somente no último ano a categoria aumentou 5,5%, o que representa mais 4.985 novos postos de trabalho. Destes, 848 foram ocupados por mulheres.
"Os números mostram a diferença de tratamento dispensado ao ABC entre o atual governo e o passado. Por estarmos numa região fortemente industrializada sentimos muito o golpe das políticas neoliberais", resumiu Rafael Marques, secretário-geral do Sindicato. Para ele, o estímulo ao investimento produtivo dado pela atual política econômica começa a reverter a situação.
Em todo ABC base caiu mais da metade
A política neoliberal dos anos 90 foi muito mais cruel para os metalúrgicos considerando a categoria nas sete cidades da região.
Em 1989, eram 220 mil metalúrgicos em todo ABC.
No ano de 2002 eram pouco mais 96 mil. Segundo o levantamento da Subseção Dieese, em dezembro passado o número subiu para 132.232 trabalhadores.
As tabelas consideram as cidades de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
Fonte: Subseção Dieese, com base na Rais/Caged do Ministério do Trabalho.
Fonte: Subseção Dieese, com base na Rais/Caged do Ministério do Trabalho.
Disponível em: http://www.cnmcut.org.br/conteudo/metalurgicos-do-abc-recuperam-23-dos-empregos-perdidos-nos-anos-90
sábado, 1 de julho de 2017
Metalúrgicas querem mais espaço nas fábricas
Segundo dados do Sindicato, as mulheres representam 30% do total da categoria em Santo André e Mauá
Publicado em 12/03/2015 08h22
Última atualização em 12/03/2015 08h22
VINÍCIUS MARQUES
Especial para o Rudge Ramos Jornal*
Um setor composto em maior parte por homens e por atividades consideradas masculinas. De forma lenta, a presença das mulheres no ramo metalúrgico está crescendo, porém, elas ainda lutam por mais espaço.
Do chão da fábrica à diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Andreia Cunha, esteve sempre envolvida com a causa. Em 2005, ela passou a fazer parte das mulheres que atuam em metalúrgicas.
A diretora conta que quando atuava como auxiliar de expedição em uma metalúrgica em Mauá, havia muitas mulheres no setor, mas diz que ainda há preconceito. “É uma questão cultural. Precisamos lutar contra atitudes machistas, estudando e trabalhando”.
Do chão da fábrica à diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Andreia Cunha, esteve sempre envolvida com a causa. Em 2005, ela passou a fazer parte das mulheres que atuam em metalúrgicas.
A diretora conta que quando atuava como auxiliar de expedição em uma metalúrgica em Mauá, havia muitas mulheres no setor, mas diz que ainda há preconceito. “É uma questão cultural. Precisamos lutar contra atitudes machistas, estudando e trabalhando”.
Segundo dados do Sindicato, as mulheres representam 30% do total da categoria nas duas cidades do ABC. No Brasil, desde 2003, a presença de mulheres no setor cresceu 4,11% até 2013, representando 19,03% do total de trabalhadores metalúrgicos no país, segundo pesquisa da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ambos do Ministério do Trabalho.
As lutas em portas de fábricas e a participação feminina têm contribuído para esse aumento, segundo a coordenadora do Departamento de Mulher do Sindicato, Denise Moreira. “Hoje, elas investem nesse processo, estão fazendo cursos, entrando nas fábricas e mostra quetêm competência.”
Desigualdade
O salário inferior ao do homem é um dos problemas enfrentado pelas mulheres no setor metalúrgico, assim como em outras profissões. Em média, a mulher recebe 28,79% a menos que o homem neste setor, no Brasil.
Denise Moreira diz que os sindicatos e as mulheres estão buscando igualdade e oportunidade. “A igualdade ainda está longe. Não queremos ganhar mais ou menos, mas sim valorização.”
A maior diferença entre as remunerações encontra-se no setor eletroeletrônico – que concentra o maior número de mulheres, cerca 36% –, no qual elas chegam a receber em média 37,52% menos que o homem.
Depois do eletroeletrônico, o setor que mais tem mulheres é o automotivo (17,99%), seguido pelo aeroespacial (15,10%). A produção no setor naval é o que menos possui o gênero feminino trabalhando (8,88%).
As lutas em portas de fábricas e a participação feminina têm contribuído para esse aumento, segundo a coordenadora do Departamento de Mulher do Sindicato, Denise Moreira. “Hoje, elas investem nesse processo, estão fazendo cursos, entrando nas fábricas e mostra quetêm competência.”
Desigualdade
O salário inferior ao do homem é um dos problemas enfrentado pelas mulheres no setor metalúrgico, assim como em outras profissões. Em média, a mulher recebe 28,79% a menos que o homem neste setor, no Brasil.
Denise Moreira diz que os sindicatos e as mulheres estão buscando igualdade e oportunidade. “A igualdade ainda está longe. Não queremos ganhar mais ou menos, mas sim valorização.”
A maior diferença entre as remunerações encontra-se no setor eletroeletrônico – que concentra o maior número de mulheres, cerca 36% –, no qual elas chegam a receber em média 37,52% menos que o homem.
Depois do eletroeletrônico, o setor que mais tem mulheres é o automotivo (17,99%), seguido pelo aeroespacial (15,10%). A produção no setor naval é o que menos possui o gênero feminino trabalhando (8,88%).
Disponível em: http://www.metodista.br/rronline/rrjornal/metalurgicas-querem-mais-espaco-nas-fabricas
ABC: Comissão das Metalúrgicas convida mulheres para Torneio de Futsal
"Jogar Juntas" faz parte das comemorações do 8 de março
Publicação: 27/02/2015
Em virtude das atividades do mês de luta das mulheres, instituído em março, a Comissão das Metalúrgicas do ABC, do Sindicato, convida todas as trabalhadoras da base para participarem do 2º Torneio de Futsal das Metalúrgicas do ABC, que este ano tem como lema ‘Jogar Juntas’.
“Jogar juntas representa a unidade das mulheres da base nas conquistas", afirmou a diretora-executiva do Sindicato e coordenadora da Comissão, Ana Nice Martins de Carvalho.
"Para a continuidade dos avanços dos nossos direitos precisamos jogar todas juntas, no mesmo time”, prosseguiu. “Esporte também é uma maneira de demonstrar luta. Por isso o Sindicato incentiva esta atividade que mobiliza e promove a inclusão na categoria”, completou.
Para a dirigente, além do incentivo à prática do esporte, o 2º Torneio, assim como a edição do ano anterior que contou com a participação de oito equipes de diferentes fábricas, proporcionará a inclusão das metalúrgicas ao lazer e a interação das trabalhadoras da base.
“Ficamos muito felizes com o resultado da primeira edição da atividade e a participação das metalúrgicas. O torneio tem esse caráter de unificar para alcançarmos a igualdade das mulheres na sociedade e no mercado de trabalho”, relatou Ana Nice.
Equipes
Cada equipe tem que ter, pelo menos, uma das participantes associada ao Sindicato. As inscrições podem ser feitas de hoje até o próximo dia 6 e a ficha de inscrição e deverão ser preenchidas e enviadas para o e-mail comissoes@smabc.org.br.
Com informações do SMABC
Disponível em: http://fem.org.br/noticia/12934/abc-comissao-das-metalurgicas-convida-mulheres-para-jogar-juntas
Mulheres metalúrgicas debatem reivindicações
Publicado em domingo, 13 de agosto de 2006
William Glauber
Do Diário do Grande ABC
Do Diário do Grande ABC
Mulheres metalúrgicas se reuniram sábado na subsede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT), em Diadema, para discutir questões delas para elas. Na maioria mães de família com dupla jornada, cerca de cem trabalhadoras aproveitaram a tarde de sol do sábado para debater reivindicações imediatas e específicas das mulheres, como avanço no auxílio-creche e a participação feminina no movimento sindical da categoria.
A principal bandeira do encontro é a melhoria do auxílio-creche na categoria com parte significativa da base em São Bernardo e Diadema. Hoje, as mulheres têm direito ao benefício por um ano e as empresas arcam com 10% a 20% do piso salarial sobre o valor da mensalidade da creche. Para elas, a concessão dos patrões tem de aumentar.
Tendo como referência cláusulas de convenções coletivas de categorias como bancários e químicos, as metalúrgicas querem novas conquistas. As bancárias, por exemplo, têm direito ao benefício por seis anos e as trabalhadoras do ramo químico garantem o auxílio-creche por dois anos. Com a ampliação do auxílio às metalúrgicas do Grande ABC, 12 mil mulheres podem se beneficiar.
Segundo a diretora do Sindicato, Michelle da Silva, a luta pelo auxílio-creche vem de longa data no movimento sindical. "É uma bandeira de 1978 e já avançamos bastante nas convenções. Esse encontro tem também o objetivo de descobrir outros desejos das metalúrgicas e sensibilizá-las também na luta sindical."
Para combater as formas de preconceito, Michelle diz que a união das mulheres na luta por direitos é fundamental. "Ainda existe grande pressão sobre as mulheres. Por serem responsáveis pelos filhos e muitas vezes pela casa, as mulheres têm mais medo de se expor", explica a sindicalista.
Há três anos como operária da Volkswagen do Brasil, a líder sindical conta que, no início da militância, encontrou resistência principalmente por parte dos trabalhadores mais velhos. "A gente tem a missão de desconstruir isso aos poucos no ambiente de trabalho", conta Michelle, que puxa assembléia, organiza mobilizações e atua no dia-a-dia no chão de fábrica.
Disponível em: http://www.dgabc.com.br/(X(1)S(gple5n2bdfkmvatfhjnucm2))/Noticia/317079/mulheres-metalurgicas-debatem-reivindicacoes
sexta-feira, 30 de junho de 2017
Encontro das Mulheres Metalúrgicas discute defesa à democracia
Por: Michelly Cyrillo
Evento reuniu cerca de 200 trabalhadores na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nesta segunda
O 5º Encontro da Mulher Metalúrgica do ABCD foi marcado pela defesa da democracia e dos direitos trabalhistas conquistados nas últimas décadas. O evento ocorreu na manhã desta segunda-feira (28/03) na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo.
Cerca de 200 metalúrgicas da base do sindicato participaram do evento, que tradicionalmente faz um balanço das conquistas das mulheres no local de trabalho e estabelece metas para os próximos anos. Porém, diante do cenário político-econômico que o País atravessa atualmente, a edição deste ano foi mais abrangente e discutiu como a democracia ameaçada pode influenciar diretamente na perda de direitos conquistados.
“Avançamos em algumas coisas nos últimos anos, como ampliação da licença maternidade e agora da licença paternidade. Mas esta edição do encontro foi além de um balanço. Foi fundamental para as companheiras entenderem como a crise atual pode impactar e refletir na vida delas. Não podemos confiar no que a grande mídia divulga e por isso trouxemos especialistas para discutir a crise política e econômica atual”, afirmou a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Ana Nice Martins de Carvalho.
IMPACTO
A secretária de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo, Denise Motta Dau, afirmou que a ameaça à democracia poderá impactar em um série de perda de direitos trabalhistas e para as mulheres. “Sempre discutimos que as mulheres ainda precisam ser tratadas como iguais no universo do trabalho, como exercer mais cargos de liderança, equiparação salarial com os homens. Porém, não podemos permitir perder os direitos conquistados e retroceder. Com a democracia ameaçada fica difícil discutir avanços e por isso o momento é de defender o que temos até agora”, disse.
A cientista social e doutoranda da Unicamp Juliane da Costa Furno afirmou que a crise econômica no Brasil existe há 30 anos. “Desde a ditadura o Brasil começou a crise e ela foi cíclica desde então. Não podemos aceitar o discurso da mídia de que a crise é de agora. A história e os números relevam os fatos reais. Todos os governos têm erros e acertos. O que não podemos permitir é que a democracia seja ameaçada”, afirmou.
A secretária de assistência social da Prefeitura de São Bernardo, Márcia Barral, também participou do evento e afirmou que é necessário lutar pela democracia. "Podemos perder uma série de políticas públicas importantes para as mulheres. Precisamos entender o que significa o fim da democracia e lutar para que isso não ocorra".
Disponível em: http://www.abcdmaior.com.br/materias/economia/encontro-das-mulheres-metalurgicas-discute-defesa-a-democracia
Metalúrgicas do ABC querem aumentar presença de mulheres no mercado de trabalho
PERFIL
Na base do sindicato da categoria, que abriu congresso nesta quinta, 15% são mulheres. Em 1998, eram 12%. Elas também defendem políticas públicas para as trabalhadoras, como a extensão da licença-maternidade
por Viviane Claudino, da RBA publicado 03/04/2014 20h14
CUT
"Ainda há a crença de que o trabalho nas metalúrgicas é pesado para as mulheres", afirma sindicalista
São Paulo – Discutir a inserção das mulheres no mercado de trabalho, ampliar a participação da mão de obra feminina e defender políticas públicas são temas do terceiro congresso das metalúrgicas do ABC, aberto na noite de hoje (3) em São Bernardo do Campo. Na base do sindicato, que inclui quatro dos sete municípios da região, as metalúrgicas somam 15,2% da categoria, segundo o Dieese, o que representa 15,3 mil trabalhadores. Em 1998, as mulheres representavam 12,4%.
Para a diretora-executiva do sindicato Ana Nice Martins de Carvalho, coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC e funcionária da Panex, apesar do aumento no percentual ainda há resistência do setor patronal para a contratação de mulheres. "Culturalmente, ainda há essa divisão de gênero, e a crença de que o trabalho nas metalúrgicas é pesado para as mulheres. No setor de eletroeletrônico e autopeças, por exemplo, encontramos bastante mulheres trabalhando, pois são funções que exigem o manuseio de peças pequenas e entende-se que as mulheres são mais delicadas para isso."
Além de menor participação no mercado, as mulheres recebem menor remuneração – o valor é 30% mais baixo em relação aos homens, embora o estudo aponte que a média salarial das metalúrgicas no ABC é 70% maior comparado ao restante do país. “Esse distanciamento se dá porque o ABC é o polo industrial que concentra muitas áreas técnicas e especializadas das montadoras, onde a remuneração é mais alta”, avalia a coordenadora.
Entre os avanços, ela destaca a implementação da licença-maternidade de 180 dias. "Temos praticamente 100% das empresas da base com a licença de 180 dias. Nossa luta agora é para que essa conquista chegue a todas as trabalhadoras do país. Por isso defendemos a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional), que está na Câmara e garante esse benefício a todas as trabalhadoras."
Pesquisa divulgada em julho de 2011, sobre o perfil do metalúrgico do ABC, mostra que das pouco mais de 15 mil mulheres na base, quase metade (47%) estava no setor automobilístico, sendo 16,7% em montadoras e 30,2% em empresas de autopeças. Outras 23% ficavam no segmento de metalurgia básica, 12% em máquinas e equipamentos e 14% em fabricantes de eletroeletrônicos. Das montadoras na base do sindicato (Volkswagen, Ford, Mercedes-Benz, Scania e Toyota), que concentram aproximadamente 30 mil trabalhadores, 8,6% são mulheres.
Entre as cidades da base, Diadema tinha maior participação de mulheres, que representavam 20% do total. Em seguida, vinham Ribeirão Pires, com 18% dos postos de trabalho ocupados por mulheres, Rio Grande da Serra (13%) e São Bernardo (12%).
O congresso vai até sábado. Nesta sexta (4) pela manhã, haverá uma palestra da empresária Luiza Trajano.
Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2014/04/metalurgicas-do-abc-querem-aumentar-a-participacao-das-mulheres-no-mercado-de-trabalho-4256.html
Com aprovação de carta, Congresso é encerrado
2º Congresso das Mulheres Metalúrgicas terminou no início da tarde deste sábado, 27, com aprovação das diretrizes que Sindicato vai incorporar em suas ações.
As reivindicações específicas das mulheres vão ganhar mais espaço na agenda do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Um conjunto de 8 diretrizes foi aprovado pelas 422 delegadas e 67 delegados no encerramento do 2º Congresso das Mulheres Metalúrgicas.
Intitulada Carta do 2º Congresso, o documento aponta para reivindicações que valorizem o trabalho e o salário das mulheres, a maior participação delas nas instâncias de representação sindical e na categoria, e cria encontros anuais às trabalhadoras (veja íntegra abaixo). A carta também lança oficialmente a campanha Da licença, eu quero 180, pela ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias.
"É um documento para virar realidade", afirmou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, assumindo o compromisso de tornar reivindicações as oito diretrizes.
Aberto na noite de quinta-feira, 25, com as presenças do presidente Lula, e das ministras Dilma Rousseff, Casa Civil, e Nilceia Feire, da secretaria de Mulheres do governo Federal, o 2º Congresso contou com conferências, debates e oficinas temáticas. "Abrimos o maior espaço possível para a expressão das companheiras. Elas começaram a perceber que o Sindicato é de fato um local também para as mulheres", acrescentou Simone Vieira, coordenadora da Comissão das Mulheres Metalúrgicas.
Leia a cobertura completa do Congresso na edição da terça-feira da Tribuna Metalúrgica.
Intitulada Carta do 2º Congresso, o documento aponta para reivindicações que valorizem o trabalho e o salário das mulheres, a maior participação delas nas instâncias de representação sindical e na categoria, e cria encontros anuais às trabalhadoras (veja íntegra abaixo). A carta também lança oficialmente a campanha Da licença, eu quero 180, pela ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias.
"É um documento para virar realidade", afirmou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato, assumindo o compromisso de tornar reivindicações as oito diretrizes.
Aberto na noite de quinta-feira, 25, com as presenças do presidente Lula, e das ministras Dilma Rousseff, Casa Civil, e Nilceia Feire, da secretaria de Mulheres do governo Federal, o 2º Congresso contou com conferências, debates e oficinas temáticas. "Abrimos o maior espaço possível para a expressão das companheiras. Elas começaram a perceber que o Sindicato é de fato um local também para as mulheres", acrescentou Simone Vieira, coordenadora da Comissão das Mulheres Metalúrgicas.
Leia a cobertura completa do Congresso na edição da terça-feira da Tribuna Metalúrgica.
Mesa de encerramento do congresso que votou diretrizes para as metalúrgicas
Carta-Compromisso do 2◦ Congresso de Mulheres Metalúrgicas do ABC
Nós, delegadas e delegados do 2◦ Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC, realizado no período de 25 a 27 de março de 2010, reiteramos as resoluções do 1◦ Congresso da Mulher Metalúrgica de São Bernardo do Campo e Diadema, hoje ABC, em 1978, e do 6◦ Congresso dos Metalúrgicos do ABC, em 2009.
É importante ressaltar que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem em sua base 97,4 mil trabalhadores, as mulheres representam 14% da categoria e são cada vez mais jovens: 38,4% têm até 29 anos. A maioria das trabalhadoras está empregada nas indústrias de autopeças e é horista. Nas montadoras, porém, grande parte é mensalista. Por terem baixo acesso as funções de maior remuneração e de chefia, e também às promoções, o salário médio das mulheres é 33% inferior ao dos homens. Quanto à escolaridade constata-se que 53% concluíram o ensino médio e 13% têm nível superior.
Nas últimas décadas, toda a categoria obteve conquistas históricas. No entanto, o sindicato deve levar adiante a responsabilidade de fortalecer a atuação das metalúrgicas visando a melhoria das condições de trabalho, e, o aumento da participação política.
Este é o momento ideal. O país combina desenvolvimento econômico, distribuição de renda e justiça social e a Região do ABC retoma sua agenda institucional, reforçando as pautas de trabalho decente e inclusão social. Este cenário favorável torna mais do que oportuno o fortalecimento da diretriz: Lugar de Mulher também é no Sindicato!
Nesse sentido, nós - 503 delegados (435 mulheres e 67 homens) - propomos à executiva do sindicato o desenvolvimento das seguintes medidas:
· criar condições para promover a igualdade de condições de trabalho e de salários entre mulheres e homens, por meio do estímulo e da negociação de medidas de ações afirmativas nas empresas;
· estimular e monitorar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas às mulheres e relacionadas com as questões de raça, juventude e pessoas com deficiência, na Região do ABC e nas três instâncias de governo;
· atuar de maneira conjunta com os demais movimentos sociais para fortalecer o reconhecimento da diversidade na sociedade e das reivindicações das mulheres, incluindo essas questões nas pautas que visam melhoria da qualidade de vida para toda a sociedade;
· organizar atividades de formação para as mulheres, e, incluir as questões de gênero nas ações formativas. Os objetivos são os de ampliar a participação das mulheres na vida política e sensibilizar os homens para defenderem os direitos das mulheres.
· desenvolver ações para ampliar a participação de mulheres na categoria, por meio da sindicalização; dos Comitês Sindicais de Empresa; da aplicação das cotas de participação em todas as instâncias do sindicato; e da participação no Coletivo de Mulheres e nos de Juventude, Pessoas com Deficiência e Igualdade Racial;
· desenvolver a Campanha: Da licença, queremos 180 pela adesão das empresas ao Programa Empresa Cidadã, que prevê a ampliação da Licença Maternidade de 120 para 180 dias;
· buscar o aumento do número de mulheres na categoria e em postos de trabalho mais valorizados tendo como meta resultados expressivos até a realização do 3◦ Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC, em 2013;
· Finalizando, indicamos a realização de congressos das mulheres metalúrgicas do ABC a cada três anos, precedidos de encontros anuais, visando realizar o balanço das ações e traçar novas diretrizes.
São Bernardo do Campo, 27 de março de 2010.
I Congresso das Mulheres Metalúrgicas de S. B. do Campo e Diadema
1978 | Metalúrgicos do ABC
CONTEXTO
O 1º Congresso da Mulher Metalúrgica de São Bernardo e Diadema aconteceu nos dias 21 e 28 de janeiro de 1978, na sede do Sindicato. A idéia surgiu a partir de um debate suscitado pela Tribuna Metalúrgica, órgão informativo do Sindicato, sobre o que acontecia com as mulheres metalúrgicas nas fábricas da região.
Participaram pouco mais de 350 trabalhadoras, de 39 empresas. Na verdade, 800 mulheres inscreveram-se, mas diante de obstáculos impostos pelos patrões, segundo as quais, até ameaças de demissão para quem participasse do evento havia, o número de participantes caiu para menos da metade.
O evento foi pioneiro no gênero. Sem confundir-se com um movimento feminista, mas para integrar-se à vida sindical da categoria, as metalúrgicas trouxeram ao cenário nacional uma realidade até então desconhecida. A repressão e o descaso com os direitos das trabalhadoras puderam ser revelados a jornalistas, professores, sociólogos e trabalhadores de outras categorias que participaram do Congresso como convidados.
Dias antes, o próprio sindicato havia antecipado as diversas irregularidades que aconteciam nas fábricas de São Bernardo e de Diadema, durante a realização de uma conferência, em Brasília. O Ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto, visivelmente constrangido, garantiu que iria verificar.
A crescente participação da mulher no setor escondia a diferenciação salarial entre homens e mulheres. Segundo pesquisas realizadas pelo DIEESE, durante o Congresso, verificou-se que 50% dos homens metalúrgicos recebiam o dobro do salário de 50% das mulheres metalúrgicas. Os salários das mulheres, por serem baixos, eram considerados como complementação salarial da família, além do tratamento discriminatório das chefias, exigências vexatórias por parte das empresas no uso dos sanitários, inadequação das creches e dos vestiários e inexistências de locais para refeições.
IMPRENSA SINDICAL
Tribuna Metalúrgica nº 44 01/12/1977
Pág. 8 - Sindicato apresenta Programa e Regulamento para a realização do I Congresso da Mulher Metalúrgica. Pág. 9 - Tese apresentada ao Congresso discute a alteração do trabalho da mulher e seus reflexos no contrato do trabalho.
Pág. 8 - Sindicato apresenta Programa e Regulamento para a realização do I Congresso da Mulher Metalúrgica. Pág. 9 - Tese apresentada ao Congresso discute a alteração do trabalho da mulher e seus reflexos no contrato do trabalho.
Tribuna Metalúrgica nº 45 01/02/1978
Pág. 8 - Das 800 metalúrgicas inscritas como delegadas ao Congresso, apenas 300 compareceram devido, principalmente, a pressão das chefias nos locais de trabalho. Pág.9 - Dentre as discussões do Congresso destacam-se as denúncias de assédio sexual nos locais de trabalho. Pág. 10 - Entre as principais conclusões do congresso está a criação de uma comissão junto à diretoria do Sindicato para analisar e propiciar a participação das mulheres nas atividades sindicais.
Pág. 8 - Das 800 metalúrgicas inscritas como delegadas ao Congresso, apenas 300 compareceram devido, principalmente, a pressão das chefias nos locais de trabalho. Pág.9 - Dentre as discussões do Congresso destacam-se as denúncias de assédio sexual nos locais de trabalho. Pág. 10 - Entre as principais conclusões do congresso está a criação de uma comissão junto à diretoria do Sindicato para analisar e propiciar a participação das mulheres nas atividades sindicais.
Disponível em: http://www.abcdeluta.org.br/materia.asp?id_CON=214
3º Congresso das Metalúrgicas do ABC termina com recorde de inscrições
8 de Abril de 2014 |
Com cerca de 700 inscrições, a participação das companheiras no 3º Congresso das Metalúrgicas do ABC, na semana passada, foi recorde.
“O resultado é fruto de um trabalho que começou no debate com representantes de Recursos Humanos para a liberação das trabalhadoras”, contou a diretora executiva e coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC, Ana Nice Martins de Carvalho.
Segundo ela, as chefias precisam entender a importância deste processo de inclusão e contribuir para a inserção das mulheres nos debates.
“Assim como o Sindicato cumpre seu papel cidadão na luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, os patrões também têm responsabilidade social e cobramos isso deles”, destacou Ana Nice.
Estrutura
Para a dirigente, o Sindicato teve sensibilidade de entender que ampliar a participação das mulheres passa por oferecer espaço adequado para os filhos das trabalhadoras.
“Recebemos mais de cem inscrições de crianças e tivemos a ousadia de criar um espaço com conforto e segurança para todas elas”, explicou Ana Nice.
“Lutamos por uma escola pública de qualidade, pelo direito à creche, por ensino integral e provamos que é possível fazer, como fizemos durante o 3º Congresso”, prosseguiu.
“Esse espaço adequado que criamos para as crianças trouxe mais mulheres para a entidade e garantiu a presença delas na política sindical”, comemorou a coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC.
Emancipação
“O Sindicato sempre debateu a questão da mulher, mesmo reconhecendo que a categoria é em sua maioria composta por homens”, disse o presidente do Sindicato Rafael Marques, no encerramento do 3º Congresso.
“Contribuir para a emancipação da mulher e para ampliar a participação das metalúrgicas do ABC é tarefa que não vamos abrir mão”, finalizou o presidente.
Presidente do Magazine Luiza aprova CSEs
Durante palestra sobre o Protagonismo e a liderança da mulher no mundo do trabalho, da política e da economia, a empresária Luiza Trajano, presidente do Magazine Luiza, elogiou o modelo de organização do Sindicato.
“A organização dos trabalhadores em Comitês nas empresas é importante para modernizar as relações de trabalho”, declarou Luiza Trajano, na última sexta-feira no 3º Congresso das Metalúrgicas do ABC.
Segundo ela, as lojas que administra também adotam representação semelhante à dos metalúrgicos do ABC.
“Cada loja tem um conselho de trabalhadores e tudo é negociado com o líder”, explicou. “Assim podemos resolver os problemas específicos de acordo com a realidade de cada unidade”, defendeu a empresária.
Pelo Brasil
Luiza Trajano empolgou o plenário com seu otimismo e amor pelo Brasil. “Temos que valorizar as coisas boas que o nosso País tem e acreditar na força transformadora da mulher”, disse. “Chegou o nosso momento”, finalizou.
"Tema da mulher é prioridade", diz Padilha
O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou durante o debate Mulheres e sociedade – que projeto queremos? que o tema relativos às mulheres devem ser prioridade em qualquer governo.
“O Estado de São Paulo, exemplo em tantos setores, não consegue ter uma ação política em defesa dos direitos das mulheres”, criticou, no encerramento do 3º Congresso das Metalúrgicas do ABC.
Para ele, é papel do governo do Estado criar mecanismos de interlocução entre as políticas do governo federal e os projetos dos municípios.
"O Estado pode ter uma ação concreta para combater a violência, abrindo as delegacias da mulher 24 horas por dia”, afirmou Padilha.
Preconceito
O diretor Administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, afirmou que a postura do atual governo do Estado de São Paulo é baseada no preconceito das elites contra a classe trabalhadora.
"Essa falta de diálogo com os movimentos de mulheres é típica daqueles que acham que nós só temos que cuidar da produção da riqueza e limpar suas casas", concluiu Barba.
“Eu curto ser metalúrgica do ABC”
Inspiradas em João Ferrador, personagem símbolo da categoria nas décadas de 70 e 80, as metalúrgicas do ABC anunciaram no encerramento do 3º Congresso o projeto Eu curto ser metalúrgica do ABC. O objetivo é criar uma nova personagem símbolo, mas que tenha identidade com as mulheres e a missão de estreitar os laços das metalúrgicas do ABC dentro e fora da base.
Plano de Lutas
Conheça algumas das propostas aprovadas no 3º Congresso
• Ampliar e fortalecer a luta pelo aumento de contratações de mulheres nas fábricas da categoria.
• Fortalecer a luta, dentro das fábricas, pela ascensão das metalúrgicas para funções de chefias e/ou cargos de lideranças.
• Garantir a licença maternidade de 180 dias para todas as trabalhadoras da base.
• Lutar pelo aumento do Auxílio Creche em todos os acordos e convenções.
• Fortalecer a luta pela creche.
• O Sindicato deve promover atividades de formação para homens e mulheres da categoria debater as questões de gênero.
• Lutar, para garantir, em convenção coletiva, o abono do dia de trabalho para as trabalhadoras e trabalhadores que acompanham pais idosos e/ou filhos/as em consultas médicas.
• Promover atividades culturais para estimular a convivência e a participação na vida do Sindicato.
• Buscar garantir a realização de campeonatos anuais de Futsal Feminino
Com berçário, sala de jogos, brinquedoteca, sala de vídeo, espaço da pintura artística e escultura, a creche montada para o 3º Congresso recebeu média diária de 85 crianças até 11 anos.
Contribuições para o debate
“Há espaço para aumentar a participação das mulheres no mercado de trabalho e ampliar sua formalização”.
Lucineide Soares, presidente da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT.
Lucineide Soares, presidente da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT.
“Na média, a metalúrgica cutista recebe 33,27% a menos que o homem”.
Marli do Nascimento, secretária da Mulher da CNM-CUT.~
Marli do Nascimento, secretária da Mulher da CNM-CUT.~
“A creche é determinante para garantir a participação das mulheres”.
Rosane Silva, secretária da Mulher da CUT Nacional.
“O Sindicato é fundamental para o avanço nas relações trabalhistas e garantia dos direitos das mulheres”.
Edna Roland, coordenadora de Implementação de Políticas de Igualdade Racial de Guarulhos
“Em setores da sociedade as mulheres são tratadas como no século 19. Por isso movimentos como esses são fundamentais”.
João Gustavo Negrão, da Prefeitura de São Bernardo
Com berçário, sala de jogos, brinquedoteca, sala de vídeo, espaço da pintura artística e escultura, a creche montada para o 3º Congresso recebeu média diária de 85 crianças até 11 anos.
Da Redação
Disponível em: http://www.smabc.org.br/smabc/materia.asp?id_CON=34743&id_SUN=78
Metalúrgicas do ABC publicam revista para denunciar violência contra mulher
MOBILIZAÇÃO
Publicação produzida pela Comissão das Mulheres Metalúrgicas do ABC chama a atenção da categoria para a violência de gênero no país
por Redação RBA publicado 26/08/2016 09h53, última modificação 26/08/2016 19h07
TVT/REPRODUÇÃO

Edição tem 15 mil exemplares e é distribuída pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nas fábricas da região
São Paulo – A Comissão de Mulheres Metalúrgicas do ABC lançou nesta semana revista temática sobre o alto índice de violência de gênero. Além de apresentar números alarmantes sobre casos de estupro no país, a edição traz reportagens que denunciam o machismo e também o racismo como causas de agressões e mortes de mulheres todos os anos no Brasil.
A edição tem 15 mil exemplares e é distribuída pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nas fábricas da região. "É para a nossa categoria, para levarem para casa e refletirem sobre o que está ocorrendo", diz a coordenadora da comissão, Maria do Amparo Ramos, em reportagem da TVT.
Flávia Bigai, da Marcha Mundial das Mulheres do ABC, elogiou a iniciativa. Para ela, é uma resposta de um setor da sociedade que ajuda a dar mais visibilidade ao tema. A revista também traz o histórico de organização das mulheres dentro da categoria e aponta para a importância de levar mais mulheres para a política em defesa das pautas femininas.
Atualmente, nenhum dos sete municípios do ABC é governado por mulheres, e somente dez das 142 vagas nas câmaras municipais são ocupadas por parlamentares do sexo feminino.
Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016/08/violencia-mulheres-metalurgicas-do-abc-publicam-revista-para-denunciar-violencia-contra-mulher-7565.html
Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016/08/violencia-mulheres-metalurgicas-do-abc-publicam-revista-para-denunciar-violencia-contra-mulher-7565.html
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