sábado, 1 de julho de 2017

Metalúrgicas querem mais espaço nas fábricas

Segundo dados do Sindicato, as mulheres representam 30% do total da categoria em Santo André e Mauá

Publicado em 12/03/2015 08h22
Última atualização em 12/03/2015 08h22




Metalúrgicas querem  mais espaço nas fábricas
Diretora do Sindicato conta que há preconceito nas metalúrgicas - FOTO: Arquivo Pessoal

















VINÍCIUS MARQUES
Especial para o Rudge Ramos Jornal*
Um setor composto em maior parte por homens e por atividades consideradas masculinas. De forma lenta, a presença das mulheres no ramo metalúrgico está crescendo, porém, elas ainda lutam por mais espaço.

Do chão da fábrica à diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Andreia Cunha, esteve sempre envolvida com a causa. Em 2005, ela passou a fazer parte das mulheres que atuam em metalúrgicas.

A diretora conta que quando atuava como auxiliar de expedição em uma metalúrgica em Mauá, havia muitas mulheres no setor, mas diz que ainda há preconceito. “É uma questão cultural. Precisamos lutar contra atitudes machistas, estudando e trabalhando”.
Segundo dados do Sindicato, as mulheres representam 30% do total da categoria nas duas cidades do ABC. No Brasil, desde 2003, a presença de mulheres no setor cresceu 4,11% até 2013, representando 19,03% do total de trabalhadores metalúrgicos no país, segundo pesquisa da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ambos do Ministério do Trabalho.

As lutas em portas de fábricas e a participação feminina têm contribuído para esse aumento, segundo a coordenadora do Departamento de Mulher do Sindicato, Denise Moreira. “Hoje, elas investem nesse processo, estão fazendo cursos, entrando nas fábricas e mostra quetêm competência.”

Desigualdade

O salário inferior ao do homem é um dos problemas enfrentado pelas mulheres no setor metalúrgico, assim como em outras profissões. Em média, a mulher recebe 28,79% a menos que o homem neste setor, no Brasil.

Denise Moreira diz que os sindicatos e as mulheres estão buscando igualdade e oportunidade. “A igualdade ainda está longe. Não queremos ganhar mais ou menos, mas sim valorização.”

A maior diferença entre as remunerações encontra-se no setor eletroeletrônico – que concentra o maior número de mulheres, cerca 36% –, no qual elas chegam a receber em média 37,52% menos que o homem.

Depois do eletroeletrônico, o setor que mais tem mulheres é o automotivo (17,99%), seguido pelo aeroespacial (15,10%). A produção no setor naval é o que menos possui o gênero feminino trabalhando (8,88%).

Disponível em: http://www.metodista.br/rronline/rrjornal/metalurgicas-querem-mais-espaco-nas-fabricas

ABC: Comissão das Metalúrgicas convida mulheres para Torneio de Futsal

"Jogar Juntas" faz parte das comemorações do 8 de março

Publicação: 27/02/2015
Ana Nice na 1ª edição do torneio incentiva trabalhadoras (Foto: SMABC)

Ana Nice na 1ª edição do torneio incentiva trabalhadoras (Foto: SMABC)
Em virtude das atividades do mês de luta das mulheres, instituído em março, a Comissão das Metalúrgicas do ABC, do Sindicato, convida todas as trabalhadoras da base para participarem do 2º Torneio de Futsal das Metalúrgicas do ABC, que este ano tem como lema ‘Jogar Juntas’.
“Jogar juntas representa a unidade das mulheres da base nas conquistas", afirmou a diretora-executiva do Sindicato e coordenadora da Comissão, Ana Nice Martins de Carvalho.
"Para a continuidade dos avanços dos nossos direitos precisamos jogar todas juntas, no mesmo time”, prosseguiu. “Esporte também é uma maneira de demonstrar luta. Por isso o Sindicato in­centiva esta atividade que mobiliza e pro­move a inclusão na categoria”, completou.
Para a dirigente, além do incentivo à prática do esporte, o 2º Torneio, assim como a edição do ano anterior que contou com a participação de oito equipes de diferentes fábricas, proporcionará a inclusão das metalúrgicas ao lazer e a interação das trabalhadoras da base.
“Ficamos muito felizes com o resultado da primeira edição da atividade e a participação das meta­lúrgicas. O torneio tem esse caráter de unificar para alcançarmos a igualdade das mulheres na sociedade e no mercado de trabalho”, relatou Ana Nice.
Equipes
Cada equipe tem que ter, pelo menos, uma das participantes associada ao Sindicato. As inscrições podem ser feitas de hoje até o próximo dia 6 e a ficha de inscrição  e deverão ser preenchidas e enviadas para o e-mail comissoes@smabc.org.br.
Com informações do SMABC 

Disponível em: http://fem.org.br/noticia/12934/abc-comissao-das-metalurgicas-convida-mulheres-para-jogar-juntas

Mulheres metalúrgicas debatem reivindicações

Publicado em domingo, 13 de agosto de 2006 
William Glauber
Do Diário do Grande ABC
Mulheres metalúrgicas se reuniram sábado na subsede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT), em Diadema, para discutir questões delas para elas. Na maioria mães de família com dupla jornada, cerca de cem trabalhadoras aproveitaram a tarde de sol do sábado para debater reivindicações imediatas e específicas das mulheres, como avanço no auxílio-creche e a participação feminina no movimento sindical da categoria.
A principal bandeira do encontro é a melhoria do auxílio-creche na categoria com parte significativa da base em São Bernardo e Diadema. Hoje, as mulheres têm direito ao benefício por um ano e as empresas arcam com 10% a 20% do piso salarial sobre o valor da mensalidade da creche. Para elas, a concessão dos patrões tem de aumentar.
Tendo como referência cláusulas de convenções coletivas de categorias como bancários e químicos, as metalúrgicas querem novas conquistas. As bancárias, por exemplo, têm direito ao benefício por seis anos e as trabalhadoras do ramo químico garantem o auxílio-creche por dois anos. Com a ampliação do auxílio às metalúrgicas do Grande ABC, 12 mil mulheres podem se beneficiar.
Segundo a diretora do Sindicato, Michelle da Silva, a luta pelo auxílio-creche vem de longa data no movimento sindical. "É uma bandeira de 1978 e já avançamos bastante nas convenções. Esse encontro tem também o objetivo de descobrir outros desejos das metalúrgicas e sensibilizá-las também na luta sindical."
Para combater as formas de preconceito, Michelle diz que a união das mulheres na luta por direitos é fundamental. "Ainda existe grande pressão sobre as mulheres. Por serem responsáveis pelos filhos e muitas vezes pela casa, as mulheres têm mais medo de se expor", explica a sindicalista.
Há três anos como operária da Volkswagen do Brasil, a líder sindical conta que, no início da militância, encontrou resistência principalmente por parte dos trabalhadores mais velhos. "A gente tem a missão de desconstruir isso aos poucos no ambiente de trabalho", conta Michelle, que puxa assembléia, organiza mobilizações e atua no dia-a-dia no chão de fábrica.

Disponível em: http://www.dgabc.com.br/(X(1)S(gple5n2bdfkmvatfhjnucm2))/Noticia/317079/mulheres-metalurgicas-debatem-reivindicacoes

Manifestação metalúrgicas/os SMABC - violência contra a mulher

Hoje pela manhã a Comissão de Metalúrgicas do nosso Sindicato iniciou uma campanha contra o feminicídio. A primeira assembleia ocorreu na Re...