Segundo dados do Sindicato, as mulheres representam 30% do total da categoria em Santo André e Mauá
Publicado em 12/03/2015 08h22
Última atualização em 12/03/2015 08h22
VINÍCIUS MARQUES
Especial para o Rudge Ramos Jornal*
Um setor composto em maior parte por homens e por atividades consideradas masculinas. De forma lenta, a presença das mulheres no ramo metalúrgico está crescendo, porém, elas ainda lutam por mais espaço.
Do chão da fábrica à diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Andreia Cunha, esteve sempre envolvida com a causa. Em 2005, ela passou a fazer parte das mulheres que atuam em metalúrgicas.
A diretora conta que quando atuava como auxiliar de expedição em uma metalúrgica em Mauá, havia muitas mulheres no setor, mas diz que ainda há preconceito. “É uma questão cultural. Precisamos lutar contra atitudes machistas, estudando e trabalhando”.
Do chão da fábrica à diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Andreia Cunha, esteve sempre envolvida com a causa. Em 2005, ela passou a fazer parte das mulheres que atuam em metalúrgicas.
A diretora conta que quando atuava como auxiliar de expedição em uma metalúrgica em Mauá, havia muitas mulheres no setor, mas diz que ainda há preconceito. “É uma questão cultural. Precisamos lutar contra atitudes machistas, estudando e trabalhando”.
Segundo dados do Sindicato, as mulheres representam 30% do total da categoria nas duas cidades do ABC. No Brasil, desde 2003, a presença de mulheres no setor cresceu 4,11% até 2013, representando 19,03% do total de trabalhadores metalúrgicos no país, segundo pesquisa da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), ambos do Ministério do Trabalho.
As lutas em portas de fábricas e a participação feminina têm contribuído para esse aumento, segundo a coordenadora do Departamento de Mulher do Sindicato, Denise Moreira. “Hoje, elas investem nesse processo, estão fazendo cursos, entrando nas fábricas e mostra quetêm competência.”
Desigualdade
O salário inferior ao do homem é um dos problemas enfrentado pelas mulheres no setor metalúrgico, assim como em outras profissões. Em média, a mulher recebe 28,79% a menos que o homem neste setor, no Brasil.
Denise Moreira diz que os sindicatos e as mulheres estão buscando igualdade e oportunidade. “A igualdade ainda está longe. Não queremos ganhar mais ou menos, mas sim valorização.”
A maior diferença entre as remunerações encontra-se no setor eletroeletrônico – que concentra o maior número de mulheres, cerca 36% –, no qual elas chegam a receber em média 37,52% menos que o homem.
Depois do eletroeletrônico, o setor que mais tem mulheres é o automotivo (17,99%), seguido pelo aeroespacial (15,10%). A produção no setor naval é o que menos possui o gênero feminino trabalhando (8,88%).
As lutas em portas de fábricas e a participação feminina têm contribuído para esse aumento, segundo a coordenadora do Departamento de Mulher do Sindicato, Denise Moreira. “Hoje, elas investem nesse processo, estão fazendo cursos, entrando nas fábricas e mostra quetêm competência.”
Desigualdade
O salário inferior ao do homem é um dos problemas enfrentado pelas mulheres no setor metalúrgico, assim como em outras profissões. Em média, a mulher recebe 28,79% a menos que o homem neste setor, no Brasil.
Denise Moreira diz que os sindicatos e as mulheres estão buscando igualdade e oportunidade. “A igualdade ainda está longe. Não queremos ganhar mais ou menos, mas sim valorização.”
A maior diferença entre as remunerações encontra-se no setor eletroeletrônico – que concentra o maior número de mulheres, cerca 36% –, no qual elas chegam a receber em média 37,52% menos que o homem.
Depois do eletroeletrônico, o setor que mais tem mulheres é o automotivo (17,99%), seguido pelo aeroespacial (15,10%). A produção no setor naval é o que menos possui o gênero feminino trabalhando (8,88%).
Disponível em: http://www.metodista.br/rronline/rrjornal/metalurgicas-querem-mais-espaco-nas-fabricas