sexta-feira, 30 de junho de 2017

Encontro das Mulheres Metalúrgicas discute defesa à democracia



28/03/2016 17:18

Por: Michelly Cyrillo

Evento reuniu cerca de 200 trabalhadores na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nesta segunda
O 5º Encontro da Mulher Metalúrgica do ABCD foi marcado pela defesa da democracia e dos direitos trabalhistas conquistados nas últimas décadas. O evento ocorreu na manhã desta segunda-feira (28/03) na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo.
Cerca de 200 metalúrgicas da base do sindicato participaram do evento, que tradicionalmente faz um balanço das conquistas das mulheres no local de trabalho e estabelece metas para os próximos anos. Porém, diante do cenário político-econômico que o País atravessa atualmente, a edição deste ano foi mais abrangente e discutiu como a democracia ameaçada pode influenciar diretamente na perda de direitos conquistados.
“Avançamos em algumas coisas nos últimos anos, como ampliação da licença maternidade e agora da licença paternidade. Mas esta edição do encontro foi além de um balanço. Foi fundamental para as companheiras entenderem como a crise atual pode impactar e refletir na vida delas. Não podemos confiar no que a grande mídia divulga e por isso trouxemos especialistas para discutir a crise política e econômica atual”, afirmou a diretora do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Ana Nice Martins de Carvalho.

IMPACTO

A secretária de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo, Denise Motta Dau, afirmou que a ameaça à democracia poderá impactar em um série de perda de direitos trabalhistas e para as mulheres. “Sempre discutimos que as mulheres ainda precisam ser tratadas como iguais no universo do trabalho, como exercer mais cargos de liderança, equiparação salarial com os homens. Porém, não podemos permitir perder os direitos conquistados e retroceder. Com a democracia ameaçada fica difícil discutir avanços e por isso o momento é de defender o que temos até agora”, disse.
A cientista social e doutoranda da Unicamp Juliane da Costa Furno afirmou que a crise econômica no Brasil existe há 30 anos. “Desde a ditadura o Brasil começou a crise e ela foi cíclica desde então. Não podemos aceitar o discurso da mídia de que a crise é de agora. A história e os números relevam os fatos reais. Todos os governos têm erros e acertos. O que não podemos permitir é que a democracia seja ameaçada”, afirmou.
A secretária de assistência social da Prefeitura de São Bernardo, Márcia Barral, também participou do evento e afirmou que é necessário lutar pela democracia. "Podemos perder uma série de políticas públicas importantes para as mulheres. Precisamos entender o que significa o fim da democracia e lutar para que isso não ocorra".

Disponível em: http://www.abcdmaior.com.br/materias/economia/encontro-das-mulheres-metalurgicas-discute-defesa-a-democracia

Metalúrgicas do ABC querem aumentar presença de mulheres no mercado de trabalho

PERFIL
Na base do sindicato da categoria, que abriu congresso nesta quinta, 15% são mulheres. Em 1998, eram 12%. Elas também defendem políticas públicas para as trabalhadoras, como a extensão da licença-maternidade
por Viviane Claudino, da RBA publicado 03/04/2014 20h14
CUT
metalúrgicas
"Ainda há a crença de que o trabalho nas metalúrgicas é pesado para as mulheres", afirma sindicalista
São Paulo – Discutir a inserção das mulheres no mercado de trabalho, ampliar a participação da mão de obra feminina e defender políticas públicas são temas do terceiro congresso das metalúrgicas do ABC, aberto na noite de hoje (3) em São Bernardo do Campo. Na base do sindicato, que inclui quatro dos sete municípios da região, as metalúrgicas somam 15,2% da categoria, segundo o Dieese, o que representa 15,3 mil trabalhadores. Em 1998, as mulheres representavam 12,4%.
Para a diretora-executiva do sindicato Ana Nice Martins de Carvalho, coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC e funcionária da Panex, apesar do aumento no percentual ainda há resistência do setor patronal para a contratação de mulheres. "Culturalmente, ainda há essa divisão de gênero, e a crença de que o trabalho nas metalúrgicas é pesado para as mulheres. No setor de eletroeletrônico e autopeças, por exemplo, encontramos bastante mulheres trabalhando, pois são funções que exigem o manuseio de peças pequenas e entende-se que as mulheres são mais delicadas para isso."
Além de menor participação no mercado, as mulheres recebem menor remuneração – o valor é 30% mais baixo em relação aos homens, embora o estudo aponte que a média salarial das metalúrgicas no ABC é 70% maior comparado ao restante do país. “Esse distanciamento se dá porque o ABC é o polo industrial que concentra muitas áreas técnicas e especializadas das montadoras, onde a remuneração é mais alta”, avalia a coordenadora.
Entre os avanços, ela destaca a implementação da licença-maternidade de 180 dias. "Temos praticamente 100% das empresas da base com a licença de 180 dias. Nossa luta agora é para que essa conquista chegue a todas as trabalhadoras do país. Por isso defendemos a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional), que está na Câmara e garante esse benefício a todas as trabalhadoras."
Pesquisa divulgada em julho de 2011, sobre o perfil do metalúrgico do ABC, mostra que das pouco mais de 15 mil mulheres na base, quase metade (47%) estava no setor automobilístico, sendo 16,7% em montadoras e 30,2% em empresas de autopeças. Outras 23% ficavam no segmento de metalurgia básica, 12% em máquinas e equipamentos e 14% em fabricantes de eletroeletrônicos. Das montadoras na base do sindicato (Volkswagen, Ford, Mercedes-Benz, Scania e Toyota), que concentram aproximadamente 30 mil trabalhadores, 8,6% são mulheres.
Entre as cidades da base, Diadema tinha maior participação de mulheres, que representavam 20% do total. Em seguida, vinham Ribeirão Pires, com 18% dos postos de trabalho ocupados por mulheres, Rio Grande da Serra (13%) e São Bernardo (12%).
O congresso vai até sábado. Nesta sexta (4) pela manhã, haverá uma palestra da empresária Luiza Trajano.

Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2014/04/metalurgicas-do-abc-querem-aumentar-a-participacao-das-mulheres-no-mercado-de-trabalho-4256.html

Com aprovação de carta, Congresso é encerrado

2º Congresso das Mulheres Metalúrgicas terminou no início da tarde deste sábado, 27, com aprovação das diretrizes que Sindicato vai incorporar em suas ações.

As reivindicações específicas das mulheres vão ganhar mais espaço na agenda do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Um conjunto de 8 diretrizes foi aprovado pelas 422 delegadas e 67 delegados no encerramento do 2º Congresso das Mulheres Metalúrgicas.

Intitulada Carta do 2º Congresso, o documento aponta para reivindicações que valorizem o trabalho e o salário das mulheres,  a maior participação delas nas instâncias de representação sindical e na categoria, e cria encontros anuais às trabalhadoras (veja íntegra abaixo). A carta também lança oficialmente a campanha Da licença, eu quero 180, pela ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias.

"É um documento para virar realidade", afirmou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato,  assumindo o compromisso de tornar reivindicações as oito diretrizes.

Aberto na noite de quinta-feira, 25, com as presenças do presidente Lula, e das ministras Dilma Rousseff, Casa Civil, e Nilceia Feire, da secretaria de Mulheres do governo Federal, o 2º Congresso contou com conferências, debates e oficinas temáticas. "Abrimos o maior espaço possível para a expressão das companheiras. Elas começaram a perceber que o Sindicato é de fato um local também para as mulheres", acrescentou Simone Vieira, coordenadora da Comissão das Mulheres Metalúrgicas.

Leia a cobertura completa do Congresso na edição da terça-feira da Tribuna Metalúrgica.


Mesa de encerramento do congresso que votou diretrizes para as metalúrgicas



Carta-Compromisso do 2◦ Congresso de Mulheres Metalúrgicas do ABC

Nós, delegadas e delegados do 2◦ Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC, realizado no período de 25 a 27 de março de 2010, reiteramos as resoluções do 1◦ Congresso da Mulher Metalúrgica de São Bernardo do Campo e Diadema, hoje ABC, em 1978, e do 6◦ Congresso dos Metalúrgicos do ABC, em 2009.

É importante ressaltar que o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem em sua base 97,4 mil trabalhadores, as mulheres representam 14% da categoria e são cada vez mais jovens: 38,4% têm até 29 anos.  A maioria das trabalhadoras está empregada nas indústrias de autopeças e é horista. Nas montadoras, porém, grande parte é mensalista. Por terem baixo acesso as funções de maior remuneração e de chefia, e também às promoções, o salário médio das mulheres é 33% inferior ao dos homens. Quanto à escolaridade constata-se que 53% concluíram o ensino médio e 13% têm nível superior.

Nas últimas décadas, toda a categoria obteve conquistas históricas. No entanto, o sindicato deve levar adiante a responsabilidade de fortalecer a atuação das metalúrgicas visando a melhoria das condições de trabalho, e, o aumento da participação política.

Este é o momento ideal. O país combina desenvolvimento econômico, distribuição de renda e justiça social e a Região do ABC retoma sua agenda institucional, reforçando as pautas de trabalho decente e inclusão social. Este cenário favorável torna mais do que oportuno o fortalecimento da diretriz: Lugar de Mulher também é no Sindicato!

Nesse sentido, nós - 503 delegados (435 mulheres e 67 homens) - propomos à executiva do sindicato o desenvolvimento das seguintes medidas:   

·        criar condições para promover a igualdade de condições de trabalho e de salários entre mulheres e homens, por meio do estímulo e da negociação de medidas de ações afirmativas nas empresas; 
·        estimular e monitorar o desenvolvimento de políticas públicas voltadas às mulheres e relacionadas com as questões de raça, juventude e pessoas com deficiência, na Região do ABC e nas três instâncias de governo;
·        atuar de maneira conjunta com os demais movimentos sociais para fortalecer o reconhecimento da diversidade na sociedade e das reivindicações das mulheres, incluindo essas questões nas pautas que visam melhoria da qualidade de vida para toda a sociedade;  
·        organizar atividades de formação para as mulheres, e, incluir as questões de gênero nas ações formativas. Os objetivos são os de ampliar a participação das mulheres na vida política e sensibilizar os homens para defenderem os direitos das mulheres.
·        desenvolver ações para ampliar a participação de mulheres na categoria, por meio da sindicalização; dos Comitês Sindicais de Empresa; da aplicação das cotas de participação em todas as instâncias do sindicato; e da participação no Coletivo de Mulheres e nos de Juventude, Pessoas com Deficiência e Igualdade Racial;
·        desenvolver a Campanha: Da licença, queremos 180 pela adesão das empresas ao Programa Empresa Cidadã, que prevê a ampliação da Licença Maternidade de 120 para 180 dias;
·        buscar o aumento do número de mulheres na categoria e em postos de trabalho mais valorizados tendo como meta resultados expressivos até a realização do 3◦ Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC, em 2013;
·         Finalizando, indicamos a realização de congressos das mulheres metalúrgicas do ABC a cada três anos, precedidos de encontros anuais, visando realizar o balanço das ações e traçar novas diretrizes. 

São Bernardo do Campo, 27 de março de 2010.

I Congresso das Mulheres Metalúrgicas de S. B. do Campo e Diadema

1978 | Metalúrgicos do ABC


CONTEXTO
O 1º Congresso da Mulher Metalúrgica de São Bernardo e Diadema aconteceu nos dias 21 e 28 de janeiro de 1978, na sede do Sindicato. A idéia surgiu a partir de um debate suscitado pela Tribuna Metalúrgica, órgão informativo do Sindicato, sobre o que acontecia com as mulheres metalúrgicas nas fábricas da região.

Participaram pouco mais de 350 trabalhadoras, de 39 empresas. Na verdade, 800 mulheres inscreveram-se, mas diante de obstáculos impostos pelos patrões, segundo as quais, até ameaças de demissão para quem participasse do evento havia, o número de participantes caiu para menos da metade.

O evento foi pioneiro no gênero. Sem confundir-se com um movimento feminista, mas para integrar-se à vida sindical da categoria, as metalúrgicas trouxeram ao cenário nacional uma realidade até então desconhecida. A repressão e o descaso com os direitos das trabalhadoras puderam ser revelados a jornalistas, professores, sociólogos e trabalhadores de outras categorias que participaram do Congresso como convidados.

Dias antes, o próprio sindicato havia antecipado as diversas irregularidades que aconteciam nas fábricas de São Bernardo e de Diadema, durante a realização de uma conferência, em Brasília. O Ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto, visivelmente constrangido, garantiu que iria verificar.

A crescente participação da mulher no setor escondia a diferenciação salarial entre homens e mulheres. Segundo pesquisas realizadas pelo DIEESE, durante o Congresso, verificou-se que 50% dos homens metalúrgicos recebiam o dobro do salário de 50% das mulheres metalúrgicas. Os salários das mulheres, por serem baixos, eram considerados como complementação salarial da família, além do tratamento discriminatório das chefias, exigências vexatórias por parte das empresas no uso dos sanitários, inadequação das creches e dos vestiários e inexistências de locais para refeições.


IMPRENSA SINDICAL

Tribuna Metalúrgica nº 44 01/12/1977 
Pág. 8 - Sindicato apresenta Programa e Regulamento para a realização do I Congresso da Mulher Metalúrgica. Pág. 9 - Tese apresentada ao Congresso discute a alteração do trabalho da mulher e seus reflexos no contrato do trabalho.
Tribuna Metalúrgica nº 45 01/02/1978
Pág. 8 - Das 800 metalúrgicas inscritas como delegadas ao Congresso, apenas 300 compareceram devido, principalmente, a pressão das chefias nos locais de trabalho. Pág.9 - Dentre as discussões do Congresso destacam-se as denúncias de assédio sexual nos locais de trabalho. Pág. 10 - Entre as principais conclusões do congresso está a criação de uma comissão junto à diretoria do Sindicato para analisar e propiciar a participação das mulheres nas atividades sindicais.

Disponível em: http://www.abcdeluta.org.br/materia.asp?id_CON=214

3º Congresso das Metalúrgicas do ABC termina com recorde de inscrições

8 de Abril de 2014 | 
Com cerca de 700 inscrições, a participa­ção das companheiras no 3º Congresso das Metalúrgicas do ABC, na semana passada, foi recorde.

“O resultado é fruto de um trabalho que começou no debate com representantes de Recursos Humanos para a liberação das trabalhadoras”, contou a diretora executiva e coordenadora da Co­missão das Metalúrgi­cas do ABC, Ana Nice Martins de Carvalho.

Segundo ela, as che­fias precisam entender a importância deste processo de inclusão e contribuir para a inser­ção das mulheres nos debates.

“Assim como o Sin­dicato cumpre seu pa­pel cidadão na luta pela igualdade de direitos entre homens e mulhe­res, os patrões também têm responsabilidade social e cobramos isso deles”, destacou Ana Nice.


Estrutura

Para a dirigente, o Sindicato teve sensibi­lidade de entender que ampliar a participação das mulheres passa por oferecer espaço ade­quado para os filhos das trabalhadoras.

“Recebemos mais de cem inscrições de crianças e tivemos a ousadia de criar um espaço com conforto e segurança para to­das elas”, explicou Ana Nice.

“Lutamos por uma escola pública de qua­lidade, pelo direito à creche, por ensino in­tegral e provamos que é possível fazer, como fizemos durante o 3º Congresso”, prosseguiu.

“Esse espaço ade­quado que criamos para as crianças trouxe mais mulheres para a entidade e garantiu a presença delas na política sindical”, co­memorou a coordena­dora da Comissão das Metalúrgicas do ABC.


Emancipação

“O Sindicato sempre debateu a questão da mulher, mesmo reconhecendo que a categoria é em sua maioria composta por homens”, disse o presidente do Sindicato Rafael Marques, no encerramento do 3º Congresso.

“Contribuir para a emancipação da mulher e para ampliar a participação das metalúrgicas do ABC é tarefa que não vamos abrir mão”, finalizou o presidente.


Presidente do Magazine Luiza aprova CSEs

Durante palestra sobre o Protagonismo e a liderança da mulher no mundo do trabalho, da política e da economia, a empresária Luiza Trajano, presidente do Magazine Luiza, elogiou o modelo de organização do Sindicato.

“A organização dos trabalhadores em Comitês nas empresas é importante para modernizar as relações de trabalho”, declarou Luiza Trajano, na última sexta-feira no 3º Congresso das Metalúrgicas do ABC.

Segundo ela, as lojas que administra também adotam representação semelhante à dos metalúrgicos do ABC.
“Cada loja tem um conselho de trabalhadores e tudo é negociado com o líder”, explicou. “Assim podemos resolver os problemas específicos de acordo com a realidade de cada unidade”, defendeu a empresária.


Pelo Brasil
Luiza Trajano empolgou o plenário com seu otimismo e amor pelo Brasil. “Temos que valorizar as coisas boas que o nosso País tem e acreditar na força transformadora da mulher”, disse. “Chegou o nosso momento”, finalizou.


"Tema da mulher é prioridade", diz Padilha

O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou durante o debate Mulheres e sociedade – que projeto queremos? que o tema relativos às mulheres devem ser prioridade em qualquer governo.

“O Estado de São Paulo, exemplo em tantos setores, não consegue ter uma ação política em defesa dos direitos das mulheres”, criticou, no encerramento do 3º Congresso das Metalúrgicas do ABC.

Para ele, é papel do governo do Estado criar mecanismos de interlocução entre as políticas do governo federal e os projetos dos municípios.

"O Estado pode ter uma ação concreta para combater a violência, abrindo as delegacias da mulher 24 horas por dia”, afirmou Padilha.


Preconceito
O diretor Administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, afirmou que a postura do atual governo do Estado de São Paulo é baseada no preconceito das elites contra a classe trabalhadora.

"Essa falta de diálogo com os movimentos de mulheres é típica daqueles que acham que nós só temos que cuidar da produção da riqueza e limpar suas casas", concluiu Barba.


“Eu curto ser metalúrgica do ABC”

Inspiradas em João Ferrador, personagem símbolo da categoria nas décadas de 70 e 80, as metalúrgicas do ABC anunciaram no encerramento do 3º Congresso o projeto Eu curto ser metalúrgica do ABC. O objetivo é criar uma nova personagem símbolo, mas que tenha identidade com as mulheres e a missão de estreitar os laços das metalúrgicas do ABC dentro e fora da base.

Plano de Lutas

Conheça algumas das propostas aprovadas no 3º Congresso
• Ampliar e fortale­cer a luta pelo aumen­to de contratações de mulheres nas fábricas da categoria.
• Fortalecer a luta, dentro das fábricas, pela ascensão das me­talúrgicas para fun­ções de chefias e/ou cargos de lideranças.
• Garantir a licença maternidade de 180 dias para todas as tra­balhadoras da base.
• Lutar pelo au­mento do Auxílio Cre­che em todos os acor­dos e convenções.
• Fortalecer a luta pela creche.
• O Sindicato deve promover atividades de formação para homens e mulheres da categoria debater as questões de gênero.
• Lutar, para garan­tir, em convenção cole­tiva, o abono do dia de trabalho para as traba­lhadoras e trabalhado­res que acompanham pais idosos e/ou fi­lhos/as em consultas médicas.
• Promover ativi­dades culturais para estimular a convivên­cia e a participação na vida do Sindicato.
• Buscar garantir a realização de campeo­natos anuais de Futsal Feminino

Com berçário, sala de jogos, brinquedoteca, sala de vídeo, espaço da pintura artística e escultura, a creche montada para o 3º Congresso recebeu média diária de 85 crianças até 11 anos.

Contribuições para o debate

“Há espaço para aumentar a participação das mulheres no mercado de trabalho e ampliar sua formalização”.
Lucineide Soares, presidente da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT.

“Na média, a metalúrgica cutista recebe 33,27% a menos que o homem”.
Marli do Nascimento, secretária da Mulher da CNM-CUT.~

“A creche é determinante para garantir a participação das mulheres”.
Rosane Silva, secretária da Mulher da CUT Nacional.

“O Sindicato é fundamental para o avanço nas relações trabalhistas e garantia dos direitos das mulheres”.
Edna Roland, coordenadora de Implementação de Políticas de Igualdade Racial de Guarulhos

“Em setores da sociedade as mulheres são tratadas como no século 19. Por isso movimentos como esses são fundamentais”.
João Gustavo Negrão, da Prefeitura de São Bernardo


Com berçário, sala de jogos, brinquedoteca, sala de vídeo, espaço da pintura artística e escultura, a creche montada para o 3º Congresso recebeu média diária de 85 crianças até 11 anos.

Da Redação 

Disponível em: http://www.smabc.org.br/smabc/materia.asp?id_CON=34743&id_SUN=78

Metalúrgicas do ABC publicam revista para denunciar violência contra mulher

MOBILIZAÇÃO
Publicação produzida pela Comissão das Mulheres Metalúrgicas do ABC chama a atenção da categoria para a violência de gênero no país
por Redação RBA publicado 26/08/2016 09h53, última modificação 26/08/2016 19h07
TVT/REPRODUÇÃO
revista metalúrgicas.jpg
Edição tem 15 mil exemplares e é distribuída pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nas fábricas da região
São Paulo – A Comissão de Mulheres Metalúrgicas do ABC lançou nesta semana revista temática sobre o alto índice de violência de gênero. Além de apresentar números alarmantes sobre casos de estupro no país, a edição traz reportagens que denunciam o machismo e também o racismo como causas de agressões e mortes de mulheres todos os anos no Brasil.
A edição tem 15 mil exemplares e é distribuída pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nas fábricas da região. "É para a nossa categoria, para levarem para casa e refletirem sobre o que está ocorrendo", diz a coordenadora da comissão, Maria do Amparo Ramos, em reportagem da TVT.
Flávia Bigai, da Marcha Mundial das Mulheres do ABC, elogiou a iniciativa. Para ela, é uma resposta de um setor da sociedade que ajuda a dar mais visibilidade ao tema. A revista também traz o histórico de organização das mulheres dentro da categoria e aponta para a importância de levar mais mulheres para a política em defesa das pautas femininas.
Atualmente, nenhum dos sete municípios do ABC é governado por mulheres, e somente dez das 142 vagas nas câmaras municipais são ocupadas por parlamentares do sexo feminino.

Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016/08/violencia-mulheres-metalurgicas-do-abc-publicam-revista-para-denunciar-violencia-contra-mulher-7565.html

Governo deve eliminar desoneração nas compras de autopeças

A política foi criada em 2011 como parte de plano de estímulo industrial
O Governo deve acabar com as isenções fiscais que beneficiam fabricantes de veículos que compram peças no país, após a Organização Mundial do Comércio (OMC) condenar os incentivos brasileiros à indústria local.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, explica que as montadoras do país não poderão mais deduzir as compras de peças de automóveis produzidas localmente da alíquota de IPI nos novos regulamentos a serem adotados no final deste ano.

A política foi criada em 2011 como parte de plano de estímulo industrial. Segundo Megale, a Anfavea apresentará propostas para substituir esse projeto, conhecido como Inovar-Auto, no fim de julho, com uma versão final do plano esperado até agosto, o Rota 2030, que manterá as demandas de conteúdo local para as montadoras no país que produzem para exportação.

“As montadoras podem precisar de mais tempo para se preparar para um potencial acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que os diplomatas esperam ser feitos em princípio até o fim do ano. Se tivéssemos comércio livre hoje com a União Europeia, a indústria nacional encolheria muito”, finalizou.
Da Reuters


Programa capacita autopeças e sistemistas da Região

ABCD Maior

19/05/2016 12:50
Por: Iara Voros 
O Pro+Auto está na reta final de atendimentos a 35 empresas fornecedoras do setor automotivo
As indústrias de autopeças e sistemistas fornecedoras do setor automotivo contempladas pelo projeto Pro+Auto estão na reta final das reuniões de capacitação. A iniciativa termina em agosto e, nesta semana, os empresários estiveram reunidos no Consórcio Intermunicipal Grande ABC para troca de experiências e palestra conjunta.

O projeto foi lançado em 2014, por meio de convênio firmado entre o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e a Fundação Vanzolini, para capacitar e desenvolver fornecedores de autopeças nos municípios do ABCD e São Paulo. Ao todo são 35 empresas que receberam melhorias técnicas, gerenciais e de inovação; incentivo à interação e cooperação entre as empresas dos diferentes elos da cadeia produtiva; e formação de governança e implantação de estratégias de acesso a mercado.
Para o gerente executivo do projeto, Felipe Bussinger, os atendimentos individualizados realizados nas empresas contribuíram para a atualização dos procedimentos e melhorias no modelo de gestão praticado para atender os clientes e tornar a marca mais competitiva no mercado. “É uma iniciativa ambiciosa, que deixa os participantes mais preparados e com potencial reforçado para enfrentar o período delicado em que o setor automotivo está inserido”, disse.
APRIMORAMENTO
O consultor Mitoshi Tsukamoto, da empresa Brudelcker, instalada em São Bernardo, afirma que a participação no programa vai resultar em melhorias de longo prazo na gestão da indústria familiar e na precificação dos produtos a serem oferecidos aos clientes. “É uma mudança de cultura que não é de um dia para o outro. Os clientes continuam fazendo pedidos, a dificuldade maior muitas vezes não está no mercado, mas sim na própria gestão da empresa, por isso temos que estar em constante aprendizado”, afirmou.
No caso da Component, empresa de Diadema, as principais melhorias a serem realizadas estavam concentradas nos setores de atendimento e de logística. Na avaliação do presidente, Roberto Korall, os resultados já podem ser percebidos. “Ao longo do projeto conseguimos implantar processos que aumentam a sobrevida da empresa e nos dá fôlego para continuar atravessando as dificuldades”, disse.
INCENTIVO
O projeto atende as diretrizes do Inovar Auto, programa do governo federal para estimular o investimento na indústria automobilística nacional e aumentar a nacionalização de componentes, tendo como uma das exigências a capacitação de fornecedores locais. O Pro+Auto tem o apoio da Cofauto (Câmara Setorial dos Fabricantes de Componentes Automotivos de Plástico) e da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico).

Setor automotivo quer flexibilidade de leis trabalhistas para evitar demissões


Por Reuters | 25/04/2016 17:04 - Atualizada às 25/04/2016 17:26
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Novo presidente da Anfavea, Antonio Megale quer estancar demissões que somaram mais de 10 mil somente em 2015

Lucas Lacaz Ruiz/Futura Press
Número de trabalhadores na indústria automotiva brasileira caiu 17,4% desde o fim de 2014
O setor automotivo vai defender maior flexibilização das leis trabalhistas no Brasil para evitar um número ainda maior de demissões, disse o novo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), Antonio Megale.

Megale, que assumiu a presidência da Anfavea nesta segunda-feira (25), disse que vai pleitear que o governo federal adote mecanismos mais perenes de manutenção do emprego, como o uso do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) em momentos de crise e a formalização de mecanismos que garantam a supremacia de acordos entre patrões e empregados sobre leis trabalhistas.

"Estamos muito preocupados em manter o nível de emprego e evitar novas demissões, também porque temos uma mão de obra especializada é não é bom perdermos esses profissionais", disse ele a jornalistas nesta segunda-feira.

O número de trabalhadores na indústria automotiva brasileira caiu 17,4% desde o fim de 2014 até o mês passado, indo para 128,5 mil. Segundo a Anfavea, cerca de 39 mil empregados do setor estão com o contrato de trabalho temporariamente suspenso (layoff) ou protegidos pelo PPE, que permite às empresas reduzir em até 30 por cento os custos com salários em troca da manutenção do emprego.
Criado no ano passado pelo governo federal, o PPE tem duração prevista até o final deste ano.

Mesmo com a redução de pessoal, a entidade diz que o nível de ociosidade na indústria é de cerca de 50% na produção de automóveis e de 80% na de caminhões.

Um dos setores que mais se beneficiou do ciclo de crescimento da economia brasileira na década passada, a indústria automobilística tem sido também uma das que sentem mais intensamente a desaceleração do país. O setor ruma para o quarto ano consecutivo de queda nas vendas e o terceiro de recuo na produção, atingindo níveis de uma década atrás.

Otimismo para fim do ano
Para Megale, no entanto, tanto a economia do país quanto o setor podem começar a ver uma recuperação já no final deste ano, uma vez que se chegue a um desfecho da crise política.
Mas ele descartou que já estejam havendo conversas com representantes do governo da presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um processo de impeachment, ou do vice-presidente Michel Temer para apresentar pleitos do setor.
Em outra frente, as fabricantes de veículos devem registrar um forte aumento das vendas para o exterior, favorecidas pela desvalorização do real frente ao dólar e da abertura de novos mercados internacionais.

"Já exportamos cerca de 900 mil veículos por ano e atualmente estamos em cerca de 400 mil", disse o executivo. "É óbvio que podemos crescer."

Megale citou como mercados promissores a Argentina, principal comprador estrangeiro de veículos produzidos aqui. O executivo mostrou-se confiante de que um novo acordo automotivo entre os dois países seja selado em junho, possivelmente com duração maior do que um ano.

O presidente da Anfavea também citou negociações bilaterais com países como Peru e Irã, além de conversas mais preliminares para exportação de veículos brasileiros para nações da África e da Ásia.


Em um ano, 11,2 mil demissões nas montadoras

JC LOGÍSTICA

MONTADORAS

Notícia da edição impressa de 19/05/2016.

Fábricas de automóveis brasileiras estão operando com metade da capacidade, e recuperação está prevista para um prazo de pelo menos 10 anos 

Em um ano, 11,2 mil demissões nas montadoras Fábricas de automóveis brasileiras estão operando com metade da capacidade, e recuperação está prevista para um prazo de pelo menos 10 anos CHERY/DIVULGAÇÃO/JC

 Nos últimos 12 meses, as montadoras demitiram 11,2 mil trabalhadores, 1,4 mil deles neste ano. Atualmente, há 36,5 mil funcionários no Programa de Proteção ao Emprego (PPE), com jornada e salários reduzidos, e outros 6,3 mil em lay-off (contratos suspensos), o equivalente a 32% da mão de obra do setor, de 128,4 mil pessoas. "Vai chegar um momento em que parte desse pessoal afastado será demitido", admite João Morais, economista da Tendências Consultoria, especializado no setor automotivo. 

Segundo ele, mesmo que comece a ocorrer uma recuperação do mercado no próximo ano, vai levar ao menos uma década para que o setor volte a operar com níveis mais elevados de sua capacidade produtiva. As montadoras, de acordo com cálculos da Tendências, têm capacidade para produzir cerca de 4,5 milhões de veículos e, neste ano, deve fabricar metade disso. 

"A indústria automobilística brasileira atingiu vendas de 3,8 milhões de veículos muito cedo, em 2012, mas foi um crescimento sem bases consistentes, ancorada no crédito fácil e no aumento da renda sem crescimento da produtividade", avalia Morais. Em sua opinião, o mercado vai demorar a recuperar esses níveis, e as fabricantes devem continuar operando com ociosidade por algum tempo. 

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, uma alternativa é o mercado externo. "As empresas devem ser mais agressivas nas exportações - buscando mercados novos - e na nacionalização de componentes." De janeiro a abril, as exportações cresceram 24,3% ante igual período de 2015, para 136,3 mil veículos, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). 

Com a drástica queda nas vendas de veículos, que, em quatro anos, despencaram de 3,8 milhões de unidades para esperadas 2 milhões neste ano, as montadoras aproveitam para rever benefícios há tempos concedidos aos funcionários, sempre tidos como os mais bem pagos na indústria brasileira. Também tentam ajustar o quadro de trabalhadores em fábricas que operam com metade da capacidade produtiva. 

Só em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde estão cinco das maiores fabricantes do País, há 4.170 funcionários declarados ociosos por Ford, Mercedes-Benz e Volkswagen. 

A Volvo, de Curitiba (PR), fala em 400 excedentes em seu quadro. Desde 2015, grande parte das montadoras não pagou o reajuste pela inflação aos salários. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) vem caindo, acompanhando o desempenho das empresas. A Volvo, que em 2013 pagou R$ 30 mil em PLR aos funcionários, em 2015 entregou R$ 12 mil e, neste ano, quer que os trabalhadores abram mão de R$ 5 mil, mesmo antes de ter negociado o valor a ser pago. "Podemos até negociar esse e outros itens, mas desde que não ocorram demissões", diz o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, Nelson Silva de Souza. "Ocorre que a empresa quer reduzir benefícios e ainda cortar 409 vagas." 

Na semana passada, a fábrica de caminhões e ônibus parou pelo segundo dia seguido, em razão de protesto dos trabalhadores. Outro item que já aparece nas demandas de ao menos duas montadoras - Ford e General Motors, e também já citado pela Toyota - é o fim da estabilidade para trabalhadores com doenças profissionais. "Seria um grande retrocesso", diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.

A Volkswagen pediu férias coletivas a quase 90% dos seus empregados em Taubaté, no interior de São Paulo, informou, na sexta-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté. A fábrica da montadora na cidade conta com 4,5 mil funcionários, dos quais 4 mil entrarão em férias coletivas entre os dias 30 de maio e 18 de junho, se o pedido for aceito. Até os mecanismos adotados em períodos de crise, como o lay-off e o PPE - defendido no governo por empresas e sindicatos -, devem ser deixados de lado. 

Ford e Mercedes-Benz já declararam intenção de não renová-los. "Não vamos aceitar que as empresas façam uma sangria, até porque há sinais de que o mercado vai se recuperar a partir de 2017", afirma Marques. Ele diz entender que a situação atual é grave, mas acha possível administrá-la com mecanismos como PPE, lay-off e PDVs (programas de demissão voluntária). "Mas, se as empresas insistirem (em cortes), o conflito será grande." 

A Mercedes, que afirma ter 2 mil excedentes na fábrica do ABC, vai anunciar, nos próximos dias, novo plano de PDV e colocará mais um grupo de trabalhadores em licença remunerada por tempo indeterminado. A empresa já tem mais de mil operários em dispensa desde fevereiro. O PPE, que estabelece redução de jornada e salários em 20% para 8 mil trabalhadores, se encerra no fim do mês e, como não será renovado, eles voltarão a trabalhar cinco dias por semana. Hoje, trabalham quatro. 

A Toyota propôs ao Sindicato os Metalúrgicos de Campinas a contratação de trabalhadores temporários para a fábrica de Indaiatuba (SP) com piso salarial de R$ 1.870,00, embora para os contratados seja de R$ 2.194,00. Hoje, a unidade opera com horas extras. A Toyota também quer aumentar o valor pago pelos trabalhadores para o vale-transporte e o vale-refeição e adotar a coparticipação no convênio médico. "Só esses três itens representam R$ 350,00 a menos no salário do trabalhador", afirma o presidente do sindicato, Sidalino Orsi Júnior. 

Ford, Mercedes-Benz e Volvo também negociam com os sindicatos a flexibilização das relações trabalhistas e formas de compensação para manter empregos, mas não dão detalhes das propostas. - Jornal do Comércio 


Salário de metalúrgicas do ABC é maior que de outras regiões, mostra Dieese

por Redação da RBA publicado , última modificação 23/03/2010 20h06
São Paulo - Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta terça-feira (23) pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, aponta que o salário das mulheres da base da entidade é, em média, 53% maior que o das trabalhadoras da categoria no Brasil e 30% superior ao das trabalhadoras no mesmo setor na capital paulista.
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De acordo com o Dieese, as metalúrgicas do ABC (SP) ganham, em média, R$ 2.326,44 mensais. O salário médio das trabalhadoras do setor no Brasil é de R$ 1.516,32 e no estado de São Paulo é de R$ 1.796,31. O salário das mulheres da categoria é superior inclusive ao dos metalúrgicos do país, que tem rendimento médio de R$ 2.207,21.
Perfil
As metalúrgicas representam 14% da categoria no ABC. São 13,7 mil em um universo de 97,4 mil trabalhadores. Embora São Bernardo do Campo seja a cidade com maior número de trabalhadoras, 7,4 mil, a cidade de Diadema possui o maior percentual de mulheres entre os trabalhadores do setor, com 18%.
A pesquisa também revelou que 71,6% das trabalhadoras têm entre 24 e 39 anos, 51% são horistas, 29,4% estão no subsetor de autopeças e 52,7% concluíram o ensino médio. Em 1996, 18,8% das metalúrgicas haviam terminado o ensino médio. De 1996 a 2008, o número de trabalhadoras com ensino superior também aumentou passando de 5,5% para 12,9%.
Nas montadoras, onde a maioria das trabalhadoras é mensalista, quase 60% das metalúrgicas concluíram o ensino superior e 42% o ensino médio, superando a formação dos metalúrgicos nos dois níveis.
O estudo faz parte do perfil das trabalhadoras elaborado pela subseção do Dieese, especialmente para o 2° Congresso das Mulheres Metalúrgicas do ABC, com início na quinta-feira (25). Segundo Nobre, os dados ajudarão nas ações sindicais especificamente voltadas à metalúrgica.


Manifestação metalúrgicas/os SMABC - violência contra a mulher

Hoje pela manhã a Comissão de Metalúrgicas do nosso Sindicato iniciou uma campanha contra o feminicídio. A primeira assembleia ocorreu na Re...